terça-feira, 27 de abril de 2010

Ninguém tem culpa


Cheguei em casa pela manhã e entrei pela porta aberta. A porta da frente de casa geralmente não fica aberta. Pude ver o Ramon na praça, que fica próximo de casa, sentado no banco com alguns amiguinhos em volta dele.
Passei a noite toda caminhando, pensando na briga que tive com Elisa. Estamos casados há algum tempo, temos um filho de 8 anos, o Ramon, e sempre que discutimos eu preciso de um tempo para refletir. Geralmente faço isso em casa mesmo, mas a discussão de ontem foi muito feia e eu saí porta à fora, no meio da noite, muito "P" da vida. Não via nada na minha frente, atravessei a avenida próximo à minha casa sem nem olhar direito e quando notei já estava longe.
Quando entrei em casa, Elisa chorando, abraçada, como ela sempre faz quando discutimos, com um porta-retrato que tem a nossa foto. Ela nem me olhou.
- Por quê Quinho? - Ela perguntou. Meu nome é Marcos Aurélio e Quinho era como ela me chamava.
- Lisa - era como eu a chamava - , me desculpa, eu 'tava' de cabeça quente. E antes que fizesse uma besteira maior...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sem vontade...



Quando abri os olhos pela manhã, a sensação veio... Devagar e crescente. Na medida em que minhas pálpebras iam abrindo ela ia crescendo. A famosa "falta de vontade".
Ela me consumiu rápido e logo já não tinha vontade de fazer o que mais me deixava feliz: escrever. O curioso é que, diferente de jornalistas, críticos, professores e outras profissões afins, eu não preciso escrever para sobreviver. Não é este o meu trabalho, é o meu hobby e mesmo assim estava com (ou seria "sem"??) nenhuma vontade.
Tentava forçar a mente na criação de algo que pudesse me trazer algum prazer de passar para o papel. Sim, porquê só consigo escrever algo que eu também gostaria de ler. Algo que me empolgasse, que me fizesse rir ou chorar ou que me fizesse querer realmente vivenciar. Nada... Nada passava pela minha mente, nada acontecia, nada saía. Estava passando por um daqueles momentos críticos que todos os escritores dizem passar, o famoso "vazio literário".

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ostras ao Vento - A cópia PIRATA!!!


Da Série: Aprendizado
A professora, alegre com o passeio anterior à uma fazenda, começa o dia com a classe:

- Muito bem, quero que vocês digam todos os sons que ouviram na fazenda ontem...

A criançada rapidamente começa:
- Meeee...
- Muuuu...
- Riiinnnch...
- Oinc, Oinc...
- Desce desse trator seu moleque "filhodaputa"!

Da Séria: 5 segundos antes da discussão
O marido está zapeando a tv quando sua esposa senta ao seu lado e pergunta:
- O que tem na TV?
- Poeira.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Você quer escrever um livro?



Olá amigos. Se me permitem gostaria de ajudar com um pouco da minha experiência pessoal. Para isso criei um pequeno roteiro que sigo e acho importante para todos os interessados em ver seus originais publicados um dia. Vamos lá:

1- Leia, releia e releia novamente seu original com o cunho extremamente crítico. Procure erros de grafia, acentuação, concordância e tudo o mais. Retire e/ou modifique frases ou parágrafos "soltos" (aqueles que não fazem sentido nenhum e/ou não acrescentam em nada à sua estória). Busque as formas corretas de escrever. Somos todos falhos e nossa língua é muito rica e detalhada. Uma simples vírgula pode eliminar ou criar uma interpretação que não desejamos.

Sexo Frágil???


Realmente tenho que concordar com os vários poetas que dizem que DEUS fez o homem primeiro pois precisava de um rascunho para sua obra prima, a mulher.

Hoje lí no blog de uma amiga escritora sobre a mulher. Ela falava sobre a tripla jornada atual do sexo feminino: mãe, profissional e mulher. Falava também das conquistas femininas através dos anos e comentava, com uma certa indignação, sobre a atitude de algumas (ou seriam várias???) outras que se rendem a serem simples objetos de desejo.

Acordei?



Acordo assustado, molhado de suor, com a nítida sensação de que não dormi. Minha noite foi pesada... Sonhei a noite toda com o trabalho. E o pior.. Todas vez que isso acontece, sei que não vou passar bem o dia. Afinal, não descansei.
Sentei na cama com os pés para o lado de fora. Me apoiei pesadamente sobre meus braços e meus olhos não queriam abrir por nada. Ainda ouvia o barulho frenético do meu cérebro trabalhando.
- Tudo bem? - Minha esposa perguntou colocando as mãos nas minhas costas e me fazendo um breve carinho.
- Tá sim... Só não consegui dormir direito. Passei a noite inteira sonhando.
- Pesadelo?
- Não era não. Só sonhei que estava trabalhando.
- É stress. Vem, volta pra dormir. - disse carinhosamente me puxando para ela.

Ensaiei me deitar quando o despertador começou a berrar. Meu corpo estremeceu com o susto. Suspirei fundo, dei um beijo nela e voltei da metade do caminho, reunindo forças para levantar.

Se eu não fosse eu


Talvez, seu eu não fosse eu, gostaria de estar na brisa. Viajar no ar sobre tudo e entre todos e poder acariciar todos os rostos e corpos que quisesse...

A Quantas Anda?



- Oi!
- Oi. - respondi meio sem graça...
- Quanto tempo...
- Pois é...
- O que tem feito? Você mudou.
- É.. Um pouco... - respondi mais sem graça ainda e passando a mão pelo cabelo.
- Tem feito o quê?
- Oi?
- Perguntei: Tem feito o quê?
- Ah... Bem... Por aí. Fazendo um pouquinho de cada coisa...
- Sumiu. Muito tempo que a gente não se vê....
- É... Vida meio atribulada. Trabalho, família, compromissos, filhos....
- Estava com saudades de você.

Olhos Verdes



A noite é quente. Afinal é verão e não tem como deixar o ar-condicionado desligado. Quer dizer, não teria... A quantidade imensa de "gatos" na vizinhança fez a rede elétrica cair e não há santo que consiga dormir neste calor. Parece que o inferno se mudou para o bairro de tão quente que está. Observo minha esposa, seminua, na cama, ainda dormindo. Não sei como ela ainda não percebeu o calor.

São 3:00 da manhã e desde as 2:00 que não temos luz. Estou de guarda, me estapeando inteiro por causa dos mosquitos que entram pela janela aberta do nosso apartamento e, pelo visto, só eles entram porque não há nenhum sinal de vento ou da maldita luz.

PAFT! Mais um mosquito se foi num só tapa. No momento em que estava contabilizando mais um mosquito morto no meu placar de inseticida humano, o telefone toca.
- Só pode ser o capeta! – murmuro. Claro!! Nesse calor e à essa hora da madrugada, só pode ser “ele” pra tirar um sarro da minha cara!
- Alô?
- Vinny? – pergunta a voz do outro lado. Meu nome é Vinicius, mas todos me conhecem por Vinny.
- Fala Tenente. – era o Tenente Meirelles. E ele não me ligaria à toa.
- Detetive, estou aqui em baixo te esperando. Temos um homicídio.
- Merda! – pensei enquanto desligava o telefone. Ele só usa a palavra “homicídio” quando o caso envolve a granfinagem, gente da “alta”. Se fosse qualquer um seria “boneco” mesmo.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Quero Ser Um Televisor



A professora pediu aos alunos que escrevessem uma redação dizendo o que eles gostariam que Deus fizesse em suas vidas.

Em casa, à noite, quando foi corrigir as redações, a professora se surpreendeu com uma redação que a deixou muito emocionada. O marido, ao ver que a esposa chorava quis saber:

- O que aconteceu, querida?

A professora entregou a redação para o marido e disse:

- Leia ...

Uma Hora


Um médico muito famoso e ocupado chega em casa após mais um estafante dia de trabalho. Sem tempo para mais nada a não ser trabalhar para garantir o conforto do seu lar, aproveita um dos poucos dias que conseguiu chegar cedo em casa para ver televisão.
 Ao sentar no sofá e ligar a tv, ouve a voz do seu filho a perguntar:
- Pai?
- Hmmm... - responde sem olhar para a criança
- Quanto o Sr. cobra por hora?
- O que?
- Quanto o Sr. cobra por hora?
- Meu filho... Deixa eu ver tv, por favor.

Uma Aventura (Infantilmente) Fantástica


Em toda Ásgard, o povo conta histórias sobre seus cavaleiros e seus feitos heróicos, porém um nome será lembrado mais que outros: Sir Raphael. Sim, eu mesmo.
Todos os reinos viviam em paz, até a chegada dele: Dominius. Ele e seu exército de ogros e criaturas do mal são conhecidos por roubar e destruir tudo por onde passam. Liz, a feiticeira do Norte já havia avisado sobre a chegada de Dominius e eu estava preparado. Eu e meu dragão, à quem eu chamava de Sol.
- Sir Raphael, você é o único cavaleiro capaz de enfrentar Dominius, por isso eu conto com você. – disse o Rei Tibérius.
- Sim Majestade! Eu não o decepcionarei. – respondi.

Na Noite


A noite cai pesada e a cidade se prepara para um novo ritmo. Muitos se acomodam para dormir enquanto outros se preparam para vivê-la. Entre tantos prédios, pessoas e corpos da multidão que passa, uma figura olha o agito da rua do alto de seu prédio. A janela que toma toda a parede externa da sala escura permite que ela veja tudo, sem ser vista.
Seus longos cabelos negros se confundem com a escuridão do seu apartamento. A pouca luz que entra vem dos postes da rua. Vestindo somente um conjunto íntimo de calcinha, soutien e meia 3/4 na cor preta, ela se apóia no vidro que vem do teto até o chão da sala, olhando para baixo. Seus olhos profundos e penetrantes buscam algo na multidão que passa. Nem ela mesma sabe o que está buscando, mas mesmo assim não para de procurar.
Apesar de todo o luxo de seu apartamento, ela se sente presa. O homem que dorme na cama de casal não percebe sua falta durante seu sono pesado. Ela passa a mão no peito, como se quisesse fazer a sensação de aperto passar. Seus seios, fartos por natureza, parecem aumentar a cada vez que ela respira profundamente.