quarta-feira, 7 de abril de 2010

A Quantas Anda?



- Oi!
- Oi. - respondi meio sem graça...
- Quanto tempo...
- Pois é...
- O que tem feito? Você mudou.
- É.. Um pouco... - respondi mais sem graça ainda e passando a mão pelo cabelo.
- Tem feito o quê?
- Oi?
- Perguntei: Tem feito o quê?
- Ah... Bem... Por aí. Fazendo um pouquinho de cada coisa...
- Sumiu. Muito tempo que a gente não se vê....
- É... Vida meio atribulada. Trabalho, família, compromissos, filhos....
- Estava com saudades de você.

- Sério?? - preciso dizer que estava sem graça??? - Achei que nem lembrava mais de mim...
- Sempre lembro de você. Você é que não lembrava mais de mim...
- Não é assim... É que é tanta coisa na cabeça da gente hoje em dia que....
- Engordou! Tá melhor assim.
- Você acha? Obrigado!
- Tá sim.
- Bem... Obrigado. Mas e você? A quantas anda?
- Eu?
- É.. Você.
- Eu estava aqui. Te esperando como sempre.
- Me esperando?
- Claro!! Onde mais poderia estar?
- Ah.. Não sei... Sei lá... Talvez por aí...
- Não. Eu estava aqui mesmo. Todo esse tempo, esperando por você, com saudades.
- Jura?
- Sim. Juro!

Não tive coragem de dizer mais nada. Apenas estendi a mão. Ela não hesitou. Agarrou a minha mão com força e me puxou. como se nunca tivesse me separado dela. Na realidade acho que nunca me separei. Só deixei de lado, ignorei, algumas vezes até esqueci. Mas ela não. Ela sempre esteve lá, me esperando, me observando, aguardando o momento em que eu iria voltar para ela: para a minha porção criança!

Ah.. Como é bom sentir de novo a alegria de brincar, correr, pular... No sorriso do meu filho e na alegria dele em brincar junto comigo. Prometo: de hoje em diante serei criança com mais frequência. A vida já é curta demais para deixarmos de lado as coisas que REALMENTE valem à pena em nossas vidas.

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